Bolsonaro perto da maioria, mas Haddad consegue forçar a segunda volta

Candidato da direita radical ganha com 46% dos votos e vai disputar o Planalto com o concorrente do PT.





Jair Bolsonaro, o polêmico candidato da extrema direita venceu claramente a primeira volta das eleições presidências no Brasil e esteve muito perto de chegar à maioria absoluta. 

Quando as urnas fecharam às 19h00 de Brasília (23h00 em Potugal), os dados da 
sondagem IBOPE davam 45% dos votos para Bolsonaro e 28% para Fernando Haddad, mas o cenário de vitória do candidato da extrema direita ganhar ao primeiro turno esteve em cima da mesa durante um par de horas. Numa fase inicial, a contagem real dos votos mostrou, quando estavam 53% dos votos apurados, que Bolsonaro podia mesmo chegar à maioria absoluta logo à primeira volta. Chegou a ter 49% dos votos, mas, depois de apurados 99,8% dos votos, Bolsonaro, apoiado pelo PSL, tinha, pelas 3h00 de Lisboa, com 46,07% dos votos, Haddad com 29,2% e Ciro Gomes com 12,47%. 

Geraldo Alkmin conseguiu 4,76% dos votos. Os dados foram revelados pelos media brasileiros a partir da informação do Supremo Tribunal Eleitoral, que é responsável pelos dados do voto eletrônico no Brasil. Uma das chaves para Bolsonaro não ter ganhado à primeira volta veio da votação dos nove estados do Nordeste. Haddad venceu folgadamente em oito deles (Maranhão, Piauí, Rio Grande Sul, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Segipe e Bahia) e Ciro Gomes triunfou no Ceará, o que deixou Bolsonaro fora da maioria absoluta.  Certo é que Bolsonaro teve um votação bem à frente de Fernando Haddad, o candidato do PT de Lula da Silva. O candidato petista tem agora duas semanas para tentar evitar a eleição do candidato radical que tem dividido o Brasil.

 O candidato da esquerda vai tentar angariar os apoios dos candidatos derrotados no escrutínio, sendo que alguns deles já disseram que o fariam. A segunda volta das eleições está marcada para 28 de outubro. Os números vêm confirmar o que as sondagens pré-eleitorais já vinham anunciando há várias semanas, com Bolsonaro a subir, semana após semana nos estudos. Haddad vai tentar que levar Bolsonaro a um debate entre os dois, depois de o candidato da direita ter falhado os debates entre os seis candidatos, alegando razões médicas. Bolsonaro foi esfaqueado durante a campanha eleitoral e fez a maior parte das suas iniciativas através das redes sociais. 

Ao serem conhecidos os priemeiros resultados, centenas de apoiantes juntaram-se junto à casa de Bolsonaro, no Rio de Janeiro. Bolsonaro supporters in Rio are celebrating outside his apartment with flags and fireworks even before results are out. pic.twitter.com/aWY24641de — Philip Reeves (@preeves106) October 7, 2018 Bolsonaro vence com maioria absoluta em Lisboa, Porto e Faro Jair Bolsonaro conquistou 56% dos votos dos brasileiros que votaram, este domingo, em Lisboa. 


Os números são avançados à TSF, pela jornalista Juliana Miranda, que obteve os números junto do Consulado-Geral do Brasil em Lisboa. Segundo os dados oficiais "o candidato do PSL ganhou com 56% dos votos em Lisboa". 

O candidato da extrema direita também venceu nos consulados do Brasil no Porto e em Faro, segundo informações recolhidas pela Lusa. "Quase 60% dos votos, mais concretamente 59,80%, em Faro foram para o candidato Jair Bolsonaro", disse à Lusa o representante diplomático responsável pelo ato eleitoral no consulado de Faro, salientando que a afluência às urnas foi "fraca", com apenas 22% dos eleitores inscritos. Em declarações à Lusa, fonte consular explicou que a afluência foi maior durante o período da manhã, tendo à tarde havido alguns fluxos maiores de eleitores de acordo com os horários das chegadas dos comboios a Faro. 

Dilma perde eleição para Senadora Números ainda preliminares das votações para governador de estado e para senador mostram que candidatos apoiados por Jair Bolsonaro tiveram uma votação surpreendente em todas as regiões do Brasil. 

Já o PT de Fernando Haddad, de acordo com números provisórios conhecidos no final da noite deste domingo, sofreu perdas significativas, deixando de eleger até nomes históricos, como a ex-presidente Dilma Rousseff, que era candidata a senadora, e o senador Lindberg Farias, do Rio de Janeiro, que era o líder do partido no Senado e não conseguiu a reeleição.


Fonte: https://www.cmjornal.pt